Introvertido? 8 passos simples para você fazer networking

É bastante comum (e até meio estigmático) que as pessoas do mundo de TI sejam reconhecidas pelo seu complexo de caramujo. Já me deparei com os mais diversos tipos de pessoas introvertidas que se pode imaginar: do que não fala até o que se parece com um bicho assustado. Normal. Todos tem o direito de ser como são e não devemos julgá-los por isso.

Agora, se coloque no lugar de uma pessoa introvertida. Imagine, agora, você percebendo a necessidade gritante de realizar networking no trabalho e nos seus grupos de convivência para, por fim, conseguir destaque e reconhecimento no que você faz (os introvertidos geralmente trabalham muito bem). Complicado, não?

Cargos técnicos, operacionais e que demandam muito raciocínio geralmente são habitats frequentes dos introvertidos. Você se identificou? Eu também. Sou um introvertido nato.

Jacqueline Whitmore, autora do livro Poised for Success: Mastering The Four Qualities That Distinguish Outstanding Professionals” diz que o desafio de realizar networking para os introvertidos é muito grande, pois, normalmente, eles sabem escutar mais e falar menos. Porém, mesmo para eles, existem passos simples que podem ser seguidos e que, por fim, geram uma melhoria nesse quesito social tão importante. São eles:

  1. Meça as expectativas: Os introvertidos não devem criar expectativas irrealistas de quantas conexões eles necessitam fazer. Segurem sua lógica e raciocínios. As pessoas reagem de forma fora do padrão que esperamos. E, neste caso, nem sempre um número maior é melhor para seu networking.
  2. Planeje à frente: É importante para os introvertidos preparar seus eventos de networking. Whitmore sugere que se utilizem questões abertas para início de conversa. Por exemplo: “Qual é a sua parte favorita no trabalho?”. Isso trará a necessidade de outras perguntas e respostas e facilitará o bate papo amistoso.
  3. Planeje sua permanência no evento: O introvertido pode se tornar mais seguro se tiver o controle do que faz e como faz. E, entrar e sair do evento também faz parte deste controle. O planejamento pode ser essencial neste momento. Se você se sentir mais confortável estando rapidamente no ambiente, porque não fazer isso?
  4. Utilize contatos comuns: Se o caminho entre você e alguém que você conhece é uma conexão em comum, utilize-a sem problemas. Whitmore diz que ter conhecidos em comum pode tornar o introvertido mais tranquilo, uma vez que tem o suporte de alguém próximo para fazer a ponte para a nova conexão.
  5. Use suas habilidades de escuta: Todos os introvertidos sabem ouvir muito bem. Fato. Esse fator ajuda no momento do networking pois saber ouvir denota respeito a quem fala. Essa valorização é bem vista em sociedade. Isso pode facilmente se tornar um motivo para que você seja lembrado no futuro para outras conversas, diz Whitmore.
  6. Não faça interrogatórios: Quando a conversa estiver em andamento, faça perguntas e deixem perguntar. Somente fazer perguntas pode tornar a conversa mais parecida com um interrogatório. Em tempos de redes sociais e valorização das equipes, compartilhar é melhor do que monopolizar.
  7. Pratique: Essa parte é uma das mais complicadas para o introvertido. Para ele, realizar essa prática é o mesmo que colocar-se em risco. Batimentos cardíacos sobem, mãos ficam frias. Porém, como nos casos de terapias de exposição, a prática é a única forma de se verificar que aquela situação não fará mal a ele. No final, a prática se tornará mais um ambiente conhecido para o introvertido e o risco se tornará baixo o suficiente para que ele se desempenhe bem no papel social.
  8. Um passo de cada vez: Apesar do networking ser essencial, não faça tudo de uma vez só. Whitmore aconselha os introvertidos a tirar proveito das situações cotidianas como um almoço com os colegas, uma reunião no trabalho, etc. Conforme o introvertido for se acostumando, novos passos podem ser dados e novas conquistas alcançadas com todo o sucesso desejado.

Introvertido, a calma é sempre necessária. Saiba que existem pessoas sinceras e dispostas a te ajudar nos seus ambientes de trabalho ou domésticos. Caso você queira um acompanhamento profissional, procure um Coach ou uma terapia (eu usei a dança de salão como terapia).

Foco no resultado. Vamos em frente.

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