Em busca da felicidade: A sua está onde? Nos outros?

É comum (bastante comum) vermos todos reclamando no dia a dia de trabalho. Reclamamos do chefe: Ele é carrasco. Reclamamos do colaborador: Ele é má influência para os demais profissionais. Reclamamos do local de trabalho: É longe demais. Reclamamos por ter que ir ao trabalho, e ter que voltar dele. Reclamamos que o final de semana é curto. Reclamamos da segunda-feira porque ela é segunda-feira. Reclamamos demais.

Além disso tudo, reclamamos de quem não reclama. Ou seja, reclamamos demais (mesmo).

Porém, nesse meio todo, é possível aprendermos algo novo e bom para nossas carreiras e para nós mesmos. É possível enxergarmos as coisas por um prisma diferente. Foi assim comigo e creio que pode ser assim com muita gente.

O fato de tanta reclamação ocorrer não está ligado ao ambiente, às pessoas ou o que quer que seja. A principal noção de infelicidade está no fato de que depositamos nos outros a responsabilidade pela nossa realização pessoal e profissional. Tanta reclamação deve ter um fundo de verdade, porém, uma grande parte não passa de decepção pelo ambiente e as pessoas não reagirem conforme o nosso entendimento.

Repense seus valores. Quanto do seu desenvolvimento está depositado nas atitudes de outras pessoas? Concordo que uma decisão gerencial é o que de fato fará com que você, por exemplo, passe a ser um consultor na sua área de atuação. Porém, até onde você está preso a esta decisão?

Existem algumas perguntas que podem ajudar a visualizar melhor esta situação:

  • Porque você se preocupa tanto com o que os outros pensam sobre suas atitudes?
  • Porque você deixa de agir somente porque acha que vão reparar no que você está fazendo?
  • Porque você fica quieto quando uma boa oportunidade aparece na sua frente?
  • Porque você congela quando precisa falar em público?
Aposto que as respostas passam pela frase “porque as pessoas podem pensar que eu…”. O seja: a sua felicidade é reflexo do que as pessoas pensam ao seu respeito. Liberte-se dessas amarras.Uma vez percebido que a sua felicidade não é dependente da aprovação de terceiros, avalie sua situação atual. Faça as seguintes perguntas a si mesmo:

  • O que você está fazendo pela sua melhoria profissional?
  • O que, de fato, você faz para sair da sua zona de conforto?
  • Como você vende seu peixe? Você faz seu marketing pessoal corretamente?
  • Qual o valor que você gera para a equipe?
  • Como você é visto pelos seus pares?
Seja sincero e imparcial nas respostas. Uma pessoa que quer enganar-se, pode muito bem ter as respostas prontas. Se responder sinceramente, restam algumas perguntas:
  • Se nada anda, o que você está fazendo aí parado? 
  • Se você rende mais do que a sua função pede, porque você ainda não se recolocou? Onde está o problema?
As respostas a todas estas perguntas, da mesma forma, não estão nos outros. Elas estão em nós mesmos.Todas as decisões dependem inicialmente da nossa atitude de transformação. De nada adiantará reclamarmos quando não fazemos nada para sair do lugar.

Reflita e conclua que a felicidade mora na gente mesmo e não nos outros. Essa libertação fará com que a sua carreira ande, seu stress diminua e eu você torne-se uma pessoa ainda melhor. Aposto que muitos dirão: “Mas você não tem um chefe carrasco.”. Concordo. Já tive, porém eu fazia dele meu carrasco e o colocava nesta posição. A partir do momento em que eu impus meu posicionamento, passei a valorizar o que eu realizava e não dar mais valor às reclamações infundadas, tudo mudou. Deixe seus carrascos e monstros ao lado, plante a felicidade própria e colha seus frutos no futuro.

Portanto, assim como disse Gandhi: “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.“. Valorize as pequenas coisas do dia a dia. Valorize-se. Sua vida melhorará muito. Eu garanto.